terça-feira, 14 de junho de 2011

Como instalar o Linux e o Windows no mesmo HD
por Marcos Elias Picão
Você pode manter os dois sistemas tranqüilamente no mesmo computador. Um não atrapalha o outro, e na inicialização, você escolhe qual deseja usar. Mas para isso, cada um deve estar numa parte separada do HD, e certos procedimentos devem ser seguidos. Não é muito difícil. Siga este tutorial e no final você terá o Windows e o Linux no mesmo computador.
Nota: os sistemas usados aqui são o Windows XP e o Kurumin Linux 5.0. Para o Kurumin 7.0 ou outras versões de Linux, alguns procedimentos podem ser diferentes.



Muita gente quer experimentar o Linux sem precisar dedicar um computador exclusivamente pra isso, até porque nem todo mundo tem mais de um PC (eu por exemplo, he he).

Para ter mais de um sistema operacional no computador, no mesmo disco rígido, você deve particioná-lo, deixando com duas ou mais partições. As partições são "áreas" do HD, que podem ter sistema de arquivos diferentes (meios diferentes de armazenagem de dados, como por exemplo FAT e NTFS, usados pelo Windows, ou EXT2 e REISERFS, usados pelo Linux). Cada sistema deve ser instalado em uma partição diferente.

Uma breve noção, sem aprofundamento, das partições. Um HD pode ter apenas 4 partições, por causa de uma limitação muito antiga - mas mantida ainda hoje em dia. Uma solução encontrada foi dividir a quarta partição em partições menores, para se poder criar mais que 4 (mas não precisa ser necessariamente a quarta, pode ser a segunda, a terceira...). Essas partes não são partições "verdadeiras". As partições verdadeiras são chamadas de partições primárias, e a quarta partição, que "conteria" as falsas partições, chama-se partição estendida. As "partições falsas" são unidades lógicas, subdivisões da partição estendida. Normalmente não é possível instalar e executar um sistema operacional a partir delas. Por isso, deveremos criar pelo menos duas partições primárias, uma para ficar com o Windows, e outra com o Linux.

Sem nos determos nos termos técnicos, o objetivo dessa matéria é ser um tutorial passo a passo, de modo que você possa segui-lo e ter no final os dois sistemas rodando. Recomendo lê-lo por completo e só depois partir para a prática, ou se possível até mesmo imprimi-lo. Instalaremos o Windows XP e o Kurumin Linux, uma distribuição brasileira otimizada para usuários comuns. Você pode utilizar outra versão de Windows, eu recomendaria o 2000, NT ou baseados nestes, como o Server 2003 também. Eles incluem uma ótima ferramenta de particionamento, tanto na instalação quanto depois de instalados. No Windows 95/98/Me você deverá usar o fdisk, no DOS, hoje em desuso. Você terá que criar duas partições do tipo primárias, coisa que não consegui fazer com o fdisk (ele só criava a primeira como primária e as demais como unidades lógicas, numa partição estendida). O Kurumin Linux roda a partir do CD, sem precisar instalar. Com ele em execução há um programa chamado "Instalar o Kurumin no HD, mantendo as configurações atuais". Ele mostrará uma série de janelas com mensagens simples e em português, qualquer pessoa poderá instalá-lo, eu diria que é tão fácil como o Windows. Outras distribuições Linux ficam de fora desse tutorial, pois elas têm particionadores diversos, e muitas trazem pacotes desnecessários para um usuário doméstico e iniciante na plataforma. Recomendo começar pelo Kurumin, se você se sentir seguro, pode tentar outra distribuição depois, como o Mandrake, Conectiva, etc. O Kurumin oferece dois particionadores, o qtparted, com um ambiente gráfico e intuitivo, e o cfdisk, que lembra mais o fdisk do Windows 9x/Me. Para evitar complicações, vamos criar as partições usando o particionador gráfico do Windows, e depois no Linux vamos apenas formatá-las. A formatação é a "preparação" da partição para funcionamento e armazenagem de dados.

Tomaremos como caso um computador novo, ou com o HD vazio, ou um HD novo. A melhor maneira para colocar o Windows e Linux é usar um HD totalmente vazio. Isso porque se você tem o Windows instalado, muito provavelmente você tem uma partição só (supondo que você não seja um usuário avançado). Existem meios de redimensioná-la sem precisar apagar tudo, mas não é tanto confiável, você poderá perder dados e pode ser complicado lidar com isso. Se for o caso, faça backup dos seus arquivos em CDs, disquetes ou na web, pois todo o conteúdo do HD será apagado.

Ingredientes:

- CD bootável do Windows NT/2000/XP/2003/Vista
- CD do Kurumin Linux (pelo menos o 4.0 ou superior)

Vamos seguir o seguinte roteiro:

- Preparar o HD (se ele for usado, iremos apagar TUDO)
- Instalar o Windows
- Com o Windows instalado, criamos a partição do Linux pelo Windows
- Reiniciamos o computador e iniciamos o Linux do CD
- Pelo Linux, formatamos a partição criada para ele
- Instalamos o Linux
- Configuramos o Linux para que o Windows possa ser iniciado

Por que instalaremos primeiro o Windows? Porque o Linux tem um recurso que permite, ao ligar o computador, você escolher qual sistema irá iniciar. O Windows tem isso, mas ele só funciona com outras versões de Windows :) Ou seja, o gerenciador de boot do Windows é egoísta, coisas do Tio Bill e da M$. O pingüin descongela e bate as asas, deixando você abrir as "janelas" se quiser.

O computador deverá estar configurado para iniciar a partir do CD. Os PCs mais novos, e notebooks, geralmente inicializam a partir do CD se encontrarem um CD na unidade. Então, ligue o computador e coloque o mais depressa possível o CD do Windows. Se o CD iniciar, beleza. Se o seu sistema do HD for iniciado, então reinicie o computador com o CD dentro da bandeja (algumas vezes até você colocar o CD o PC inicia o sistema já instalado; reiniciando com o CD dentro, ele deverá iniciar pelo CD). Todavia se não iniciar, mesmo com o CD dentro, entre no SETUP da máquina e altere o dispositivo de boot para o CD, deixe-o em primeiro lugar. Isso depende de máquina para máquina, para acessar o SETUP geralmente se tecla "Del", "F8" ou "F10" durante a inicialização, logo que se liga o computador (quando é exibida a contagem de memória ou o logotipo do fabricante do hardware e processador, como nos mais novos). Se tiver dificuldades, peça ajuda para algum amigo que saiba fazer isso. Veja a tela de configuração do boot num determinado computador:



Iniciada a instalação do Windows, ele mostrará uma tela de boas vindas, dê [enter] (estamos usando o XP, o procedimento é o mesmo para o NT/2000/2003). Ele mostra o contrato de licença, tecle "F8" para concordar (se você estiver com tempo de sobra e quiser lê-lo antes de vender a alma... rs). Agora, agora é o momento do particionamento.

IMPORTANTE: Se seu HD for usado, exclua todas as partições dele. Basta selecioná-las com as setas do teclado, e teclar a letra correspondente a exclusão (leia na tela do Windows, geralmente é "D"), confirme a exclusão. Faça isso para todas, até que apareça escrito apenas "Espaço não particionado: X MB". ESTE PROCEDIMENTO APAGARÁ TUDO DO DISCO, TENHA PLENA CONSCIÊNCIA DISSO.

Com o HD zerado (ou se ele for novo), será exibida a seguinte tela:



O espaço não particionado é o espaço livre do HD, que não possui dado nenhum. Criaremos uma partição usando apenas uma parte do espaço livre, afinal deveremos deixar espaço para o Linux. Você pode criar uma partição com metade do seu HD, por exemplo num HD de 40 GB, faça com 20. Observe, no entanto, que no Windows digitamos o tamanho desejado em megabytes. Se seu HD for muito grande pode ser besteira deixar metade dele pro Linux, pois acredito que até você se adaptar legal ao pingüim você poderá usar a maior parte do espaço para o Windows e seus arquivos. O mínimo recomendado pro Windows 2000/XP/2003 é 2 GB, embora você precisará de mais ao instalar seus programas. Se você tem um HD de 10 GB, deixe uns 6 pro Windows. Se for de 40 GB pode deixar 30. No exemplo, o HD tem 40 GB, vamos deixar 20 GB pro Windows. Devemos criar uma partição. Na tela ilustrada acima, tecle "C", a letra "C" no teclado. Ele pedirá o tamanho da partição:



Como vamos criar com metade de 40 GB, usamos 20480 MB (= 20 GB). Se você quisesse deixar apenas o Windows ou uma partição só bastaria teclar [enter], aí ele criaria com todo o espaço livre.

Bem, na tela acima, digitado o tamanho da partição do Windows, tecle [enter]. A partição será criada e será listada na tela a seguir:



Veja que metade do HD ficou como "espaço não particionado", que será dedicado ao Linux (poderia ser outra versão de Windows, o procedimento seria basicamente o mesmo). Com a partição C: selecionada, acabada de criar, tecle [enter]. O Windows pedirá o tipo do sistema de arquivos que você deseja utilizar. Se você não sabe do que se trata, escolha "Formatar a partição usando o sistema de arquivos FAT". Escolha com as setas do teclado e dê [enter]. Não escolha NTFS nem as opções "rápidas", a menos que você saiba realmente o que estaria fazendo. Se a partição tiver mais de 2 GB, ele avisará que usará o sistema FAT32, apenas confirme. A partir daí a instalação do Windows se dará, ele formatará essa partição; copiará os arquivos; reiniciará o computador uma vez; inicializará a detecção dos dispositivos (tipo de placas que você tem, vídeo, som, etc...); pedirá algumas configurações básicas que você deve digitar (seu nome, o número serial do Windows, a criação da senha de administrador, etc...); copiará mais arquivos, salvará a configuração e reiniciará mais uma vez; e fim, o Windows está instalado. Se necessário, instale os drivers dos dispositivos não reconhecidos, como som, rede, modem, etc. (use o CD que vem com os dispositivos ou com o computador, no caso de computadores novos). Mas não se preocupe, você poderá fazer isso depois.

Agora, com o Windows instalado, vamos criar a partição para o Linux. Na verdade criaremos duas: uma para o sistema, usando quase todo o espaço restante do HD, e uma de uns 500 MB, para a memória virtual do Linux (chamada de swap). A partição de swap é importante se você tem menos de 512 MB de memória RAM: quando a memória está acabando, o sistema coloca dados temporariamente nessa partição, para liberar memória e evitar que o sistema trave. Sem ela você ficaria com pouca memória para os programas rodados no Linux. Essa memória é chamada de memória virtual: ela é usada "como se fosse memória real", mas é um espaço no seu HD. Se seu computador tem apenas 256 MB de memória por exemplo, e você cria uma partição swap de 500 MB, o Linux pensará que existem 756 MB de memória, o que é suficiente para rodar o sistema e muitos programas. O Windows também utiliza isso, só que ele faz de forma automática num arquivo no HD, sem ser em uma partição separada.

Mãos a obra: No Windows, clique com o botão direito no ícone 'Meu computador' e escolha 'Gerenciar'. Aparecerá um aplicativo com diversas ferramentas do lado esquerdo da tela, clique em 'Gerenciamento de disco' (cuidado: não é o desfragmentador, é 'gerenciamento' mesmo). Esse mesmo acessório pode ser encontrado nas 'Ferramentas administrativas', dentro do 'Painel de controle', e estará nomeado como 'Gerenciamento do computador'. Veja:



No seu caso essa tela estará diferente, porque apenas a unidade C: existirá, e o restante estará como espaço livre ou não alocado. Para evitar fazermos cálculos nem perder megabytes, vamos criar primeiro a partição de swap, e depois a do Linux. Clique com o botão direito do mouse em cima do gráfico correspondente ao 'espaço livre' (ou 'espaço não alocado', ou ainda 'espaço não particionado'), escolha 'Nova partição'. Aparecerá um assistente, pedindo o tipo de partição. Escolha 'partição primária' e avance. Defina o tamanho da partição swap, que geralmente pode ser uma vez e meia a quantidade de memória RAM do seu pc. Qualquer caso, deixe com 500 MB. Ao avançar, o Windows pedirá a letra da unidade. Deixe o padrão, e avance. Ele pedirá para formatar. Por questões didáticas, vamos formatá-la em FAT rapidamente. Isso só criará a partição, porque na verdade para o Linux ela deverá ser formatada depois por ele. Siga as orientações da tela abaixo, deixando em FAT (formatação rápida) e clique em Avançar:



Ele mostrará uma tela com o resumo das opções escolhidas, apenas clique em 'Concluir'. A formatação será bem rápida, logo essa unidade aparecerá no 'Meu computador'. Essa dica vale até aqui para criar novas partições para uso no Windows também, ou para formatar novos HDs que você adicionar depois de instalado o Windows

Agora você tem duas partições: a do Windows, e essa que será para a memória virtual do Linux. Vamos criar, com o restante do HD (deverá ser pelo menos 2 GB) a partição do Linux em si. Clique com o botão direito no espaço livre (não alocado) e escolha novamente: 'Nova partição'. Repita os procedimentos, mas deixe o espaço dela como sendo o máximo possível (o restante do HD), formate em FAT rapidamente e pronto. Durante a formatação ele vai exibir na parte de cima o andamento e, ao concluir, a nova unidade será listada com as demais. Provavelmente a segunda ficou com a letra E:, já que a C: é a do Windows e D: do CD-DVD, e esta terceira com a letra F:.

Nota do autor: você não precisa formatar em FAT, bastaria criar a partição e depois formatá-la pelo Linux. Apenas aproveitei para mostrar como fazer isso.

Feito isso, vamos instalar o Linux!

Agora seguiremos a segunda parte do procedimento:

- rodar o Linux do CD
- formatar a partição swap
- formatar a partição do Linux
- instalar o dito cujo
- configurar o ambiente de inicialização

Vamos lá... Se você estiver cansado, pode desligar o computador, ir pra praia, e deixar o Linux pra depois. Afinal você não pode desligar no meio da instalação :)

A instalação do Kurumin é bastante rápida, no meu Pentium II 266 MHz com 160 MB de RAM, não leva nem 30 minutos. Só pra você ter uma idéia, nesse mesmo PC o Windows 9x/Me é instalado em meia hora certinha, o 2000 em 40 minutos, o XP em uma hora e o Server 2003 em 1 hora e meia mais ou menos.

Dê boot com o CD do Kurumin. Para não interromper este tutorial, suponho que o Kurumin tenha rodado do CD sem problemas, ou seja, que ele tenha detectado o vídeo, mouse, etc. Se ele não roda completamente do CD no seu PC, recomendo solucionar primeiro o problema e só depois partir pra instalação...

Bem, ao abrir ele do CD ele mostra uma página em HTML, uma verão "on line" do livro "Kurumin: Desvendando seus segredos", do autor e produtor dele, Carlos E. Morimoto. Feche a janela do navegador.

Clique no menu 'K', no canto inferior esquerdo da tela. Ele corresponde ao menu 'Iniciar', ou seja: é por ele que você acessará os programas, pastas, etc. (além dos ícones da área de trabalho ou da barra de tarefas, claro). Vá ao menu 'Configuração do sistema' e clique em 'Instalar Kurumin no HD, mantendo as configurações atuais'. Esse item talvez esteja em outro lugar no menu, mas você também pode usar o atalho da área de trabalho ou o presente no painel de controle do Kurumin.

A instalação é muito fácil, basta ler com atenção as mensagens exibidas na tela. Aqui o objetivo é manter o Linux com o Windows, então não vamos nos deter com a configuração da rede, Internet, etc.

Vá lendo as mensagens e clicando em OK, e quando ele perguntar que particionador você quer usar (qtparted ou cfdisk), escolha o "qtparted". As versões mais recentes do Kurumin contam com um particionador parecido, chamado gtparted. Os procedimentos são muito parecidos, mostrarei como usar o qtparted pois estou instalando o Kurumin 5.

A parte do particionamento poderia ser feita com o próprio qtparted, um particionador gráfico muito bom que vem com o Kurumin (e em muitas outras distros). Mas como é mais habitual e para que os iniciantes se sintam mais seguros, usamos o particionador do Windows. Ao abrir o qtparted para formatar as partições com o sistema de arquivos do Linux, você verá que é bem parecido com o do Windows, só que nele o gráfico fica em cima e a listagem embaixo.

Ele demora um pouquinho para abrir e, ao carregar, mostrará os HDs detectados no lado esquerdo da tela. Maximize a janela dele, pra ficar mais fácil de trabalhar. Clique no "/dev/hda", ou no item correspondente ao seu HD que aparecer à esquerda. Ele mostrará uma telinha de progresso enquanto varre o disco em busca de informações das partições, apenas aguarde, até que ele mostre o gráfico atual das partições existentes.

Deverão aparecer as três partições criadas até o momento: a do Windows (ele identificará como hda1), a que você criou para swap (hda2) e a que abrigará o Linux (hda3). "hda" referencia o primeiro HD do seu PC, o que está como master na primeira controladora IDE; se você tiver um segundo HD ou um leitor de CD-ROM, ele seria visto como "hdb" (o slave da primeira controladora), ou "hdc" (nesse caso o master da segunda controladora), ou ainda hdd (o slave da segunda controladora). Isso em se tratando de discos ATA/ATAPI. (se você nunca viu um micro aberto ou não sabe do que estou falando, esqueça, é apenas um comentário). "hda1" é como o Linux chama a primeira partição "primária" do hda, hda2 é a segunda partição primária, hda3 a terceira, e hda4 a quarta. Ele usará notações semelhantes para as unidades lógicas dentro da partição estendida, mas aí começando por hda5, hda6, hda7, etc., independentemente de a partição estendida ser a quarta, terceira ou segunda. Mas não se preocupe com isso agora, você se habituará ao usar o Linux.

No qtparted, clique com o botão direito no gráfico na parte que corresponde a partição pequena que criamos, de "swap". Ela é a hda2. Escolha "Format" no menu. Veja:



Ele mostrará uma telinha pedindo o tipo do sistema de arquivos. Essa é a partição para a memória virtual, escolha "linux-swap" e digite um nome se desejar, no campo abaixo. Veja:



Feito isso, dê OK. Agora clique com o botão direito na hda3, escolha "Format" e então escolha "reiserfs". Veja:





Não faça isso com a hda1, afinal na hda1 está o Windows.

Dando OK, ele mostrará o gráfico atualizado, mas o HD ainda não foi formatado. Se você fez alguma coisa errado, clique no primeiro botão da barra de ferramentas, ele desfaz os comandos. Isso é possível porque o HD não foi alterado, ele só será quando você salvar essa configuração. Lembre-se de que no seu computador as imagens estarão diferentes destas aqui, pois no meu HD existem outras partições, e é costume deixar a partição de swap por último (mostrei como criá-la antes da do sistema Linux por motivos didáticos, para evitar que você destinasse pouco espaço para o Linux e deixasse a partição de swap grande demais, o que só desperdiçaria espaço em disco). Se você preferir, ao fazer na prática, pode dar boot com o Linux logo ao terminara instalar e configurar o Windows, criando então as partições pelo Linux. Nesse ponto creio que não ficaria difícil, bastaria clicar no espaço livre mostrado pelo qtparted com o botão direito, escolher 'Create...' no menu pop-up, criar a partição de swap, formatá-la, criar a partição do sistema e formatá-la. Se você se sentir seguro pode tentar fazer isso. Se errar, basta excluí-las e recomeçar, tomando cuidado apenas para não mexer na hda1, onde está instalado o Windows.

Agora vamos confirmar as alterações. Estando marcada a hda2 como swap e a hda3 como reiserfs, clique no botão com o ícone de um disquete (salvar), para gravar a tabela de partições. As partições do HD deverão estar desmontadas (não abertas), é bom instalar o sistema sem outros programas abertos ao mesmo tempo. Ele pedirá para confirmar, confirme (OK ou Yes). Aguarde até que ele formate, ele mostrará a tela de progresso novamente, e depois atualizará o gráfico.

Depois disso, feche o qtparted, clicando no "X" da janela, como você fecharia uma janela qualquer.

O instalador do Kurumin prosseguirá, e perguntará se você quer ativar a partição swap. Escolha sim, e então confirme quando ele exibir a hda2 (se você deixou a partição swap por último, ela será a hda3).

Ele pedirá a partição onde o sistema será instalado, escolha a hda3 (reiserfs), o sistema de arquivos reiserfs e confirme. Se ele disser que não encontrou uma partição Linux no HD, é porque nenhuma partição primária está formatada em reiserfs. Neste caso, reinicie a instalação dele, e formate corretamente uma partição primária como reiserfs, conforme ilustrado nas imagens mais acima. Se você não tiver as partições hda2 nem hda3, mas sim hda5 e hda6, é porque você as criou como unidades lógicas dentro da partição estendida (hda4), o que não permite a instalação correta do sistema. Neste caso, exclua todas as partições, exceto a hda1 é claro, e crie novamente partições do tipo primárias, como cito no tutorial. Ao criar todas as partições diretamente na tela azul da instalação do Windows, ou com o fdisk do Windows 9x/Me, somente a primeira seria criada como primária, e as outras como unidades lógicas numa partição estendida. Esse problema é muito comum de acontecer, por isso durante a instalação do Windows pedi para criar apenas a primeira partição. Portanto faz-se necessária esta explicação de forma a não deixar dúvidas.

Depois da cópia dos arquivos ele mostrará algumas telas de configurações. Vou comentar o básico, não há segredo.

Ele pedirá a senha de root. No Linux, todos os arquivos e ações realizadas no sistema dependem de "direitos" atribuídos aos usuários. Cada pessoa que usa um computador regularmente deve ter uma conta de usuário, identificada por meio de um nome e uma senha. As configurações da área de trabalho, fontes, ícones, programas etc. são personalizadas para cada usuário, de forma que um não interfere no trabalho do outro - e um não pode ver os arquivos do outro. Esse recurso vem sendo muito divulgado no Windows XP, mas mesmo no Windows ele já existia há muito tempo, lá nos primórdios do Windows NT, antes mesmo do 95. (É que como muita gente por um bom tempo aqui no Brasil usou o Windows 98, geralmente ignoram esse recurso, que não existe no DOS/Windows 9x/Me). Cada conta de usuário pode ter direitos e permissões diferentes. O mais comum é ter pelo menos uma conta de "administrador" e uma de "usuário limitado", onde o usuário limitado pode executar programas e personalizar seu ambiente, mas não pode alterar configurações nem ver os arquivos dos outros usuários, nem instalar alguns programas. E o administrador tem total controle sobre o computador, pode alterar qualquer configuração, geralmente pode ver arquivos de todos os usuários, pode trocar a senha dos usuários, etc. No Linux, a conta de administrador chama-se "root". A senha de root é a senha que você precisará usar para configurar o sistema, portanto nunca a esqueça.

Depois ele pedirá a senha do usuário "kurumin", que é o que você usará depois de instalado. Como é comum você abrir e alterar coisas, fuçar onde puder (até porque se você está lendo este tutorial, deve estar entusiasmado com o Linux), então não é recomendável entrar sempre como root, afinal você pode configurar alguma coisa de forma errada e não saber corrigir depois. O Kurumin faz logon diretamente, por padrão, de forma que você não tenha de digitar a senha toda vez que ligá-lo. Todavia depois você pode criar novas contas e configurar para pedir senha na inicialização pelo painel de controle do KDE, assim como em praticamente toda distribuição Linux.

Um ponto importante, é a configuração do ambiente de inicialização. Quando ele perguntar onde instalar o "lilo", escolha no MBR. Depois ele perguntará se você quer revisar as configurações do lilo, escolha Sim. Ele abrirá um arquivo de texto, maximize a janela e vamos editá-lo.

O lilo é o programa que toma o controle da inicialização do computador, perguntando a você qual sistema você quer inicializar (existem outros programas que fazem isso também, mas talvez o lilo seja o mais usado quando um dos sistemas é o Linux). Deveremos configurá-lo, afinal você tem o Windows no mesmo HD. O Windows não permite por vias normais, inicializar um Linux no mesmo PC. Por isso o Linux deve ser instalado por último, ele deixa você iniciar tanto ele como o Windows (um de cada vez, claro). Quando o computador for ligado aparecerá um menu, com os sistemas disponíveis. Se você não escolher nenhum dentro de um tempo predeterminado, ele inicializa o padrão. Como provavelmente você usará mais o Windows, é bom deixá-lo como padrão.

Quando ele abrir o arquivo (que é o /etc/lilo.conf), você deverá procurar e alterar as seguintes opções:

Na linha que tem "vga=...", coloque "vga=normal". Faça isso se na inicialização do CD ele mostra logo no começo uma mensagem dizendo que tem o modo de vídeo errado, pra você teclar [enter] ou aguardar 30 segundos. Se ele inicializa direto sem dar essa mensagem, então você não precisa alterar esse item.

Rolando o arquivo mais pra baixo, em uma linha estará escrito "default=Kurumin". Pois bem, se você quer deixar o Windows como padrão, o que é recomendável para quem está iniciando, edite e deixe "default=Windows". Tome cuidado para deixar a inicial de "W"indows em maiúscula, e o restante em minúsculas.

No item "timeout" você define o tempo, em décimos de segundo, que o sistema padrão será iniciado se você não escolher nenhum. Eu geralmente deixo 10 (=1 segundo), para não perder tempo; quando quero entrar no Linux, teclo rapidamente a "seta para baixo" no teclado, para selecioná-lo. Para você não se atrapalhar, deixe o padrão ou coloque "timeout=50", o que te dará um tempo de 5 segundos.

E falta indicar que há um sistema na unidade hda1, no caso o Windows. Rolando mais o para baixo o texto do arquivo lilo.conf, você verá um trecho assim:

#other=/dev/hda1
#label=Windows

Basta remover o caractere # do começo dessas duas linhas. O Kurumin tem o arquivo lilo.conf bem comentado, não será difícil encontrar essas referências. Feito isso, salve o arquivo (clique no botão 'Salvar') e feche a janela do editor. É bom ter cuidado aqui, pois se você não editar esse arquivo corretamente, o Windows não será listado e não será possível iniciá-lo. Isso poderá ser configurado depois, claro, seus arquivos e o Windows não serão perdidos. Se você seguiu este tutorial e instalou o Windows na primeira partição primária, "C:" ou "hda1", então não tem segredo, basta remover o caractere # das duas linhas comentadas. Elas ficarão assim:

other=/dev/hda1
label=Windows

Um pouco antes de finalizar, ele pode perguntar onde você quer guardar seus arquivos pessoais, ou seja, onde ele deverá montar a pasta "/home". Não escolha em uma partição separada, a menos que você já entenda e domine o que seria fazer isso no Linux. Recomendo escolher deixar como está e concluir a instalação..

As outras telas de instalação dispensam comentários. No caso do Kurumin 5, recomendo deixar desativado o automount para o CD (uma das últimas perguntas que ele faz).

Reiniciando o computador o sistema já estará pronto para funcionar! Claro, retire o CD do drive, senão ele daria boot do CD de novo... Se você alterou no BIOS do seu computador para a inicialização pelo CD, volte lá e deixe o HD em primeiro lugar.

Seja bem vindo ao Linux! E as dores de cabeça começam, é normal... Mas lembre-se de que é apenas uma máquina, com o tempo você poderá se acostumar e decidir se usa ou não o Linux. Não estranhe, o KDE (a interface gráfica usada pelo Kurumin) possui muitos recursos, alguns até melhores que o Explorer do Windows, e é muito fácil de usar. Com isso, acaba sendo mais pesado. Se seu computador não for muito potente, o Kurumin pode rodar mais lento que o Windows XP. Aah sim, é normal o KDE demorar para iniciar, mesmo em PCs novos e robustos. Mas com o tempo você se acostumará e verá que pode valer a pena.

Você pode obter o Kurumin na página dele, em:
www.guiadohardware.net/kurumin.
O meio mais fácil para quem está iniciando, não será baixar a imagem e gravar o CD, mas sim pegar um CD pronto. Você pode comprar pelo site por um pequeno valor, ou então ver alguma dessas revistas de informática que vem com CDs, volta e meia algumas delas trazem o Kurumin. O site do produtor dele, o Guia do Hardware, é uma excelente fonte de aprendizado, tanto sobre Linux como outros sistemas. Leia, para entender o Linux é fundamental ler.

Se você tem dúvidas ou problemas com o Linux, entre no fórum do Guia do Hardware, o fórum oficial do Kurumin. Existem também diversas comunidades sobre ele no orkut, com pessoas dispostas a ajudar e solucionar problemas, onde todos saem ganhando.

Por Marcos Elias Picão


http://www.mephost.com/br/materias/win_linux_msm_hd2.htm

terça-feira, 30 de novembro de 2010

O que diz a lei / Renato Ópice Blum

Fraudes eletrônicas, procedimentos de segurança e monitoramento

O ser humano tem como atributo natural a busca do meio mais fácil para conseguir seus objetivos, sejam eles materiais ou morais. A rede mundial de computadores e demais equipamentos de informática são meios ágeis, úteis e eficazes para obtenção de objetivos inerentes a cada pessoa, talvez inimagináveis por um leigo no século XX.
No entanto, ao mesmo tempo em que os meios eletrônicos trazem para a sociedade uma facilidade para progressão financeira e moral de forma lícita, infelizmente, também trazem as mesmas progressões para os criminosos, sobretudo em relação aos crimes contra o patrimônio.
O Brasil, segundo diversas fontes de pesquisa, alcança os primeiros lugares no ranking de crackers e cibercrimes no mundo.
Esse tipo de constatação só nos leva a concluir que: (i) nosso Poder Judiciário deve agir coercitivamente com criminosos que utilizam os meios em comento, enquadrando-os em normas penais já previstas com severas sanções; (ii) as pessoas jurídicas devem harmonizar-se nos mais altos níveis de segurança para os serviços que prestam pela internet, sob pena de sofrerem indenizações por negligência, imprudência ou pelo próprio risco do negócio; (iii) as pessoas físicas, da mesma forma, devem utilizar todos os produtos e dicas de segurança para não terem seus dados e senhas capturados.
Atualmente, sobre o crime de fraude através de home banking no Brasil, além de inúmeros processos espalhados por todos os estados, já temos quatro sentenças, ainda não transitadas em julgado. Vejamos: A MM. Juíza de Direito da Segunda Vara Federal de Campo Grande/MS Dra. Janete Lima Miguel Cabral, nos autos do Processo n.º 2003.60.00003970-6, em uma decisão, até então inédita, condenou dois jovens por crime de estelionato praticado contra instituto de economia popular (art. 171, §3.º, do Código Penal), cumulado com formação de quadrilha (art. 288 do Código Penal), bem como crime contra sigilo de dados bancários (art. 10.° da Lei Complementar n.º 105/2001), sendo que um dos réus recebeu pena de reclusão fixada em seis anos e cinco meses e outro a pena de reclusão fixada em quatro anos e oito meses.
A segunda decisão veio nos autos do Processo n.º 2004.43.00.001823-3, da Primeira Vara da Justiça Federal de Tocantins, na qual o MM. Juiz Federal Dr. Marcelo Velasco Nascimento Albernaz condenou dois crackers, que haviam sido presos em flagrante delito, por furto mediante fraude e destreza (art. 155, §4.º, do Código Penal), à pena de quatro anos e seis meses de reclusão, por desvio de R$ 400.000,00 do Fundo de Desenvolvimento Econômico e Social (Fundes) do Estado. A quantia que estava depositada na Caixa Econômica Federal foi transferida pela internet para oito contas diferentes.
A terceira decisão foi proferida nos autos do Processo n.º 2004.39.00.000135-8, na qual o MM. Juiz Federal Dr. Marcelo Carvalho Cavalcante de Oliveira condenou seis réus por estelionato qualificado (art. 171, §3.º, do Código Penal), formação de quadrilha (art. 288 do Código Penal), bem como quebra de sigilo bancário (art. 10.° da Lei Complementar n.º 105/2001), em razão de desvio de milhões de reais, ao criarem páginas falsas e captarem dados sensíveis de clientes de diversas instituições financeiras, através da inserção de vírus maliciosos.
Finalmente, a quarta decisão foi proferida pela Justiça Federal de Santa Catarina, na qual um consultor de tecnologia da informática e uma representante comercial foram condenadosà pena de reclusão superior à nove anos, também por conseguirem captar dados e senhas de terceiros, para transferências eletrônicas ilícitas, ao instalarem programas maliciosos nas máquinas das vítimas.
Tudo isso apenas vem confirmar que nossa legislação vigente pode ser aplicada aos crimes cibernéticos. O trâmite processual em si permanece o mesmo. De igual forma, permanecem os elementos que a Justiça buscará demonstrar ao longo da instrução penal: a certeza da autoria e elementos probatórios que comprovem que o ilícito efetivamente ocorreu, o que chamamos de materialidade delitiva. Uma vez demonstradas, portanto, a autoria e a materialidade, será possível processar o réu pelo crime cometido, seja este praticado por intermédio dos meios eletrônicos ou não.
Não obstante, é bom lembrar que há um importante Projeto de Lei em trâmite no Congresso Nacional, o conhecido PL n.º 84/99, que já foi aprovado na Câmara dos Deputados e recebido pelo Senado Federal com nova numeração (PL n.º 89/03). Esse projeto visa acrescentar nova redação para tipos penais já existentes em nosso sistema criminal. O PL n.º 89/03 trará a previsão de condutas hoje não presentes em lei, tais como a disseminação de vírus, a invasão de sistemas e outros delitos relacionados aos meios eletrônicos.
Outrossim, as discussões sobre o dever das instituições financeiras em indenizar seus correntistas por transferências ilícitas através do home banking são polêmicas, sendo importante destacar que, na grande maioria dos casos apurados, o criminoso se aproveita do descuido ou descaso do correntista com seus equipamentos de segurança para conseguir capturar os dados e senhas e, posteriormente, fazer a transferência ilícita.
Por isso, uma forte corrente jurisprudencial vem ganhando força ao negar o direito à indenização quando o cliente, que se diz vítima, tiver contribuído para o conluio, seja por ação ou até mesmo por omissão, deixando de envidar os cuidados necessários com a guarda de senhas e demais dados financeiros sigilosos, que ficam sob exclusiva responsabilidade do correntista.
Na esteira da segurança eletrônica, outra questão que carece respeito é a polêmica do monitoramento por parte dos empregadores sobre os recursos tecnológicos utilizados por seus empregados.
As empresas que disponibilizam aos seus funcionários meios eletrônicos e tecnológicos avançados e viáveis, arcando com os custos de aquisição e manutenção deles, e servindo estes, exclusivamente, para o pleno desenvolvimento das atividades laborais dos funcionários, descaracterizando, assim, qualquer expectativa de privacidade (art. 5.°, inciso X, da Constituição Federal) na utilização de tais equipamentos.
Nesse contexto, ganha relevo a questão atinente à validade da prova obtida por meio do monitoramento pelo empregador, que se justifica em diversas disposições legais, dentre elas: o sistema pertence à empresa (direito de propriedade), a companhia é responsável pelos atos de seus funcionários (art. 932, III, do Código Civil), bem como o poder de direção do empregador (organização, controle e disciplina, previstos na CLT).
Assim, para melhor esclarecimento das questões declinadas, vez que não há legislação vigente sobre o assunto específico, o Tribunal Superior do Trabalho, por enquanto, colocou uma “pá de cal” na controvérsia, através de decisão inédita em superior instância, vejamos:
“A Primeira Turma do Tribunal Superior do Trabalho reconheceu o direito do empregador de obter provas para justa causa com o rastreamento do e-mail de trabalho do empregado. O procedimento foi adotado pelo HSBC Seguros Brasil S.A depois de tomar conhecimento da utilização, por um funcionário de Brasília, do correio eletrônico corporativo para envio de fotos de mulheres nuas aos colegas. Em julgamento de um tema inédito no TST, a Primeira Turma decidiu, por unanimidade, que não houve violação à intimidade e à privacidade do empregado e que a prova assim obtida é legal” (g.n.) (AIRR 613/2000) (fonte: www.tst.gov.br).
Como podemos observar, os ilustres ministros concluíram, com acerto, no caso em comento, permitindo o monitoramento. Na mesma esteira, comentando referida decisão, o Exmo. Desembargador Presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 1.ª Região, Dr. Ivan D. Rodrigues Alves, em entrevista à Rádio Tupi, afirmou que o empregador pode estabelecer as condições de ser exercido o trabalho pelo empregado, bem como que, se o empregador colocar à disposição qualquer meio de comunicação, poderá ele estabelecer regras sobre a utilização dos mencionados equipamentos (fonte: http://www.trtrio.gov.br/Comunicacao/noticias/radiotupi_email.htm).
Controvérsias à parte, temos que, de fato, as empresas necessitam e devem tomar medidas de controle nos seus sistemas eletrônicos pelos motivos expostos. De outra banda, para aumentar ainda mais a chance de êxito em um eventual litígio, o melhor procedimento a ser tomado é a implementação de políticas e regulamentos de segurança, vinculando estes aos contratos individuais de trabalho.
As garantias aos direitos à individualidade, à personalidade,à liberdade ou à privacidade, não obstante serem constitucionalmente asseguradas, não podem ser interpretadas de forma absoluta, implicando no desrespeito a outras garantias proporcionalmente e igualmente relevantes.
Portanto, urge constatarmos o quão delicada é a questão; porém, essencialmente, podemos dizer que os recursos tecnológicos aqui analisados devem ser utilizados sem expectativa de privacidade e de acordo com as regras definidas pela empresa, sendo essas medidas indispensáveis para a manutenção do nível de segurança interno da companhia e externo, na elucidação do responsável por eventual ilícito.
Diante do exposto, apesar da matéria em testilha ser nova, principalmente no mundo jurídico, podemos apontar que a doutrina e a jurisprudência estão concluindo que quase todos os atos que desencadeiam um litígio, ocorridos por meios eletrônicos, já têm previsão legal.



Momento Curiosidade!

Como os antivírus funcionam!

1. Um programa antivírus atua como uma vacina permanente no computador. Ele tem a função de filtrar todo corpo estranho que chega ou sai por e-mail ou pela rede do computador.

2. Para identificar um vírus, o antivírus faz uma comparação entre o arquivo que chegou e uma biblioteca de informações sobre os vários tipos de vírus. É como uma análise do código genético do vírus. Se o código bater, a ameaça é bloqueada.

3. Essa biblioteca de informações sobre vírus precisa ser atualizada constantemente por meio da internet. Caso contrário, o antivírus não estará preparado para lidar com as novas pragas digitais que surgem a cada dia.